6/11/2015 19:29

Campeão em 99 pelo Timão, João Carlos crava: "Nosso time era melhor"

Ex-zagueiro admite que zaga de Tite é superior, mas diz que mesmo com polêmicas, time de Marcelinho era letal: "Ninguém se falava no ataque, mas jogavam muito"

Campeão em 99 pelo Timão, João Carlos crava:
Campeão em 99, João Carlos treina time mineiro
(Foto: Teodorico Torres/bolanaredemuriae.com.br)


Time eficiente, que joga um futebol plástico, de qualidade e que conquista um título nacional de forma indiscutível em cima do Atlético-MG. Não estamos falando do Corinthians de 2015, treinado por Tite. Até porque o Timão está perto da conquista, mas ainda não garantiu matematicamente o caneco do Brasileiro. A introdução faz referência ao título conquistado em 1999, em cima do Galo .

O time dirigido por Oswaldo de Oliveira, capitaneado por Freddy Rincón e liderado tecnicamente por jogadores como Marcelinho Carioca, Ricardinho, Edilson e Luizão, também tinha João Carlos. Xerifão da zaga corintiana na época e atualmente técnico do Nacional de Muriaé, em Minas Gerais, o ex-jogador se diz feliz pela proximidade de mais uma conquista alvinegra, afirma que o time de Tite merece vencer o Campeonato Brasileiro, mas diz que a equipe de 1999 era superior.

– Ah, nosso time era melhor, com certeza. Na época, me lembro que a imprensa falava que a gente sofria muito gol. A zaga atual realmente é melhor que a nossa na época. Mas o nosso time fazia muitos gols. Vencíamos por 3 a 1, 4 a 2 etc. Na frente, a gente tinha Edilson, Luizão, Marcelinho e Ricardinho. Além disso, o Vampeta e o Rincón avançavam muito. Era um time muito ofensivo e tecnicamente superior ao atual – explicou.

Como exemplo de time técnico e que superava qualquer tipo de adversidade, João Carlos lembra que nem as polêmicas extracampo foram capazes de parar o time corintiano naquele ano. Segundo ele, do meio-campo para frente, quase ninguém se dava bem fora dos gramados. Mas dentro, o grupo superava isso.

– Eu era um cara tranquilo. Era tipo o Vampeta, me dava bem com todo mundo. Mas do meio para frente era complicado. Tinha o Rincón, que não falava com o Marcelinho, que não conversava com o Edilson, que não olhava na cara do Ricardinho. Mas várias vezes antes de começar o jogo, chegava o Rincón e falava: "Marcelinho, você faz isso. Ricardinho, faz aquilo. Fora a gente não gosta um do outro, mas aqui dentro somos uma família. Eu corro por vocês e eu quero vocês correndo por mim". Era bonito de se ver. Ninguém se falava no ataque, mas todos jogavam muito – contou.

Apesar disso, segundo João Carlos, não são só as polêmicas e o espírito de grupo que diferenciam os trabalhos de 99 e 2015. Na visão do ex-zagueiro, o esquema tático de Tite não tem muito a ver com o de Oswaldo de Oliveira, muito em razão das mudanças táticas pelas quais o esporte passou. Na visão dele, grande parte do mérito pela iminente conquista é do treinador.

Como treinador, João Carlos tem Tite como referência (Foto: Marcos Ribolli)

– O Tite está colhendo o que plantou. Depois de ser campeão da Libertadores e do Mundial pelo Corinthians ele poderia ter relaxado. Fez o contrário. Saiu, estudou e voltou ainda melhor, com mais conhecimento. O time dele não tem craque. O que desequilibra é a força do grupo – comentou.

Agora, João Carlos trabalha à beira do gramado. Ele vai comandar o Nacional de Muriaé no Módulo II, a divisão de acesso ao Campeonato Mineiro, e tem Tite como referência, não só pelo trabalho, mas por ser um estudioso do futebol. Só que mesmo com o foco na nova carreira, o ex-zagueiro revela que as lembranças dos tempos de jogador profissional sempre vêm na época de títulos do Corinthians.

Título em 1999 está vivo na memória do ex-jogador
(Foto: Milton Michida/Estadão Conteúdo)


– Cara, semana passada inteira foi complicada. Todo mundo falando de Atlético e Corinthians e não teve como não lembrar de 99. Assistindo ao jogo, em casa, com a família, lembrei do jogo no Mineirão, quando estávamos perdendo por 3 a 0 e buscamos dois gols que nos ajudaram muito para dar confiança. Querendo ou não, o filme passa na cabeça e a gente viaja no tempo. Sou muito feliz por fazer parte da história do Corinthians e pelo título que está por vir por aí – finalizou.



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