Criticado por uma série de atuações ruins no Corinthians, Edílson espera ter iniciado, na vitória sobre o Flamengo, sua recuperação em preto e branco. Dizendo-se alvinegro desde criança, o lateral direito tenta superar a desconfiança e enxerga o caminho na trajetória de dois companheiros em seu time do coração.

“Além do Felipe, tem o Vagner Love. É um cara que no começo era bastante criticado. Nunca desistiu e sempre trabalhou. O grupo deu bastante apoio, como deu a mim quando eu estava mal. O segredo é você trabalhar, insistir e ter a confiança dos comandantes. Cara, tem que ver onde estava errando. Depois, pouco a pouco, vem a confiança e as coisas saem naturalmente”, afirmou.

Os dois atletas citados por Edílson sofreram bastante com as queixas da torcida do Corinthians. Felipe acabou se firmando no time titular e se tornando figura muito pouco contestada na melhor defesa do Campeonato Brasileiro. Love, sempre esforçado, tem visto o empenho ser recompensado em gols e aplausos.

Além do exemplo dos colegas, o camisa 33 se apoia no reconhecimento de que as avaliações ruins eram merecidas. “Sem sombra de dúvida. Eu não vinha jogando do jeito que sempre jogo. Estava abaixo do que poderia render. Sei absorver muito bem as críticas e transformar o negativo em algo positivo.”

Edílson também alimenta sua confiança nas conversas que teve com o técnico Tite e com o gerente de futebol Edu Gaspar. Depois de convencê-los a renovar seu contrato até o final de 2017 – isso mesmo –, o lateral de 29 anos teve atuações insatisfatórias e foi chamado.

“Fui cobrado pelo Tite e pelo Edu. Eles me cobraram e me deram moral também. Deram incentivo, um apoio muito grande. Realmente, eu estava muito triste. Sou ser humano, é normal. Agora, estou tendo uma sequência legal e espero consolidar isso com o time”, comentou.

Amplia a motivação do paranaense o fato de ele ser torcedor do Corinthians. De acordo com o lateral direito, a paixão havia ficado adormecida com sua carreira de jogador e acabou renascendo quando ele se viu com dois remos e uma âncora do lado esquerdo do peito.

“Quando você começa a jogar, acaba pegando mais o lado profissional, mas sempre com aquela vontade: um dia vou vestir aquela camiseta. E o sonho de criança acaba se realizando. Quando você veste a camisa, retorna tudo de novo. Eu sonhava e hoje estou tendo a oportunidade”, disse Edílson, perto de realizar mais um sonho: “Seria mais gratificante ainda entrar na história do clube com o título brasileiro”.